Maximiliano Maria Kolbe nasceu na Polônia em 8 de janeiro de 1894. Seu nome de batismo era Raimundo Kolbe.
Aos 10 anos teria tido uma visão de Nossa Senhora que nunca mais esqueceu. Sua própria mãe revelou este acontecimento aos confrades de seu filho numa carta de 12 de outubro de 1941.
Diz sua mãe, Maria Dabrowska, nessa carta enviada depois da morte do seu filho:
“Tremia pela emoção e com lágrimas nos olhos me disse: ‘apareceu para mim Nossa Senhora, tendo nas mãos duas coroas: uma branca e outra vermelha. Olhava-me com amor e me perguntou se as queria. A branca significava a pureza e a vermelha o martírio. Respondi que aceitava... Então, Nossa Senhora me olhou com doçura e desapareceu!’. A mudança extraordinária nele para mim atestava a verdade do fato. Nem sempre era compreendido em cada ocasião, acenava com o rosto radiante a sua desejada morte de mártir. E eu estava pronta, como Nossa Senhora depois da profecia de Simeão”.
Raimundo Kolbe desejou tornar-se sacerdote juntamente com o seu irmão Francisco, entrando para a ordem dos Frades Menores Conventuais.
Depois de três anos no seminário pensavam em sair para entrarem no exército polonês e lutarem pelo seu país.
Porém nesse momento chega sua mãe com a notícia de que seu irmão mais novo, José, também tinha decidido entrar para o seminário.
Raimundo Kolbe tomou isso como um sinal de Deus e da Maria Imaculada e iniciou então o seu noviciado.
Estudou 7 anos em Roma e depois de 3 anos com os votos temporários, Raimundo então profere os votos solenes se tornando Frei Maximiliano Maria Kolbe. Ele acrescentou “Maria” ao seu nome devido à profunda devoção mariana que possuía.
Isto ocorreu em 1 novembro de 1914.
Nesse mesmo ano, seu pai, um oficial das legiões polacas e da Ordem Terceira Franciscana, foi feito prisioneiro pelos comunistas russos e enforcado por eles.
Depois desse ocorrido sua mãe retirou-se para um convento beneditino.
Em 1917 frei Maximiliano Maria Kolbe sofreu uma grave hemorragia que foi detectada como tuberculose.
Tornou-se sacerdote em 1 de abril de 1918 na Igreja Sant’Andrea della Valle, localizada em Roma, Itália.
Naquela época existia um movimento forte contra o catolicismo e, especialmente, contra Roma, a sede do Vigário de Cristo.
Então Maximiliano kolbe percebeu que era necessária uma renovação espiritual para superar esse movimento.
Maximiliano, como franciscano, tinha uma anotada paixão em defender a Imaculada Conceição.
Acabou fundando, em 16 de outubro de 1917, juntamente com outros 6 frades, a “Milícia Da Imaculada” que tinha um único ideal: “Conquistar o mundo inteiro a Cristo sob a mediação e proteção de Nossa Senhora”.
Maximiliano Kolbe adotou a Medalha Milagrosa como escudo e emblema dos seus cavaleiros.
Eram três os objetivos da Milícia Da Imaculada:
Primeiro: Procurar a conversão dos pecadores, dos hereges e dos cismáticos por intermédio da Santíssima Imaculada;
Segundo: Oferecer-se como instrumento nas mãos de Deus e da Imaculada e levar sempre consigo a Medalha Milagrosa.
Terceiro: Rezar, fazer penitências, oferecer a Deus os cansaços e os sofrimentos da vida cotidiana. Rezar todos os dias à Imaculada a jaculatória:
“Ó Maria Concebida Sem Pecado, Rogai Por Nós Que Recorremos A Vós E Por Todos Que A Vós Não Recorrem, E Principalmente Os Inimigos Da Santa Igreja”.
Utilizar de todos os meios necessários e legítimos para a conversão e santificação dos homens, mas, sobretudo, a imprensa e a Medalha Milagrosa.
Padre Maximiliano Kolbe foi encarregado, naquela época, de difundir a Milícia Da Imaculada em todo o mundo e em 26 de fevereiro de 1930 ele partiu para o Japão juntamente com outros quatro confrades.
No caminho deixou dois em Shangai na esperança de fundar ali outra Cidade da Imaculada.
Um mês depois de chegar a Nagasaki foi publicado o primeiro número do “Cavaleiro Japonês” com uma tiragem de 10.000 cópias.
Em 1932 Padre Maximiliano partiu para Índia para tentar fundar ali também outra Cidade da Imaculada. Porém teve muitos problemas por causa da segunda guerra e não conseguiu concretizar seu sonho.
Este sonho só se realizou completamente em 1981, já depois de falecido.
Em 17 de fevereiro de 1941 padre Maximiliano Kolbe foi preso pela polícia secreta alemã e enviado para um campo de concentração de Auschwitz.
Em julho do mesmo ano um prisioneiro conseguiu escapar e, como represália, o comandante nazista do campo de concentração escolheu 10 homens para morrerem de fome.
Um desses homens, chamado Franciszek Gajownickek, começou a gritar desesperadamente porque tinha esposa e filhos.
Padre Maximiliano vendo esta cena se compadeceu deste homem e se ofereceu para morrer no lugar dele dizendo aos guardas:
“Sou um padre católico da Polônia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos”.
Seu pedido foi aceito e o colocaram numa cela juntamente com outros 9 prisioneiros para morrerem de fome.
Todos os dias Pe. Kolbe rezava a missa, cantava e orava a todo momento, juntamente com os outros prisioneiros.
Kolbe encorajava os outros prisioneiros dizendo-lhes que breve estariam no paraíso com Maria, rainha do céu.
Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam.
Após duas semanas de desidratação e fome, só Kolbe e outros três prisioneiros permaneciam vivos. Os guardas queriam a cela vazia e deram a Kolbe uma injeção letal de ácido carbólico.
Algumas pessoas que estavam presentes na injeção disseram que ele levantou o braço esquerdo e calmamente esperou que o injetassem. Isto ocorreu em 14 de julho de agosto de 1941, aos 47 anos em Auschwitz, Polônia.
Os restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.
Por este ato heroico, Maximiliano Kolbe é reconhecido como o mártir da caridade.
Kolbe é um exemplo de santidade e caridade. Kolbe é um herói raro em nossos dias onde o egoísmo impera na maioria dos cidadãos.
Num mundo repleto de ídolos e heróis falsos, possa Maximiliano Kolbe tornar-nos um exemplo a ser seguido para que possamos nos aproximar mais de Deus mediante a oração, o trabalho, e a caridade ao próximo.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. O próprio Papa, em numerosos textos, chama-o de “Santo do nosso século difícil”.
São Maximilano Maria Kolbe é visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
São Maximiliano Maria Kolbe Rogai Por Nós!
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Data da Publicação: 26/12/2020
Categoria do Artigo: Histórias De Santos
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